De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, a volta do auxílio emergencial de R$ 600,00 não acontece por falta de recursos. A informação foi dada durante uma audiência no Senado Federal, na sexta-feira (25/06), após questionamentos de parlamentares.
Atualmente, os valores do benefício variam entre R$ 150 e R$ 375. Os pagamentos começaram em 06 de abril e devem seguir até 22 de agosto de 2021. No momento, a Caixa, responsável pelos repasses, está pagando a terceira parcela do calendário do auxílio emergencial.
Teto de gastos impede volta do auxílio de R$ 600,00
Segundo Paulo Guedes, o teto de gastos, limite de dinheiro que o governo pode gastar ao longo do ano, impede a volta do auxílio emergencial de R$ 600,00. As verbas do governo federal estariam comprometidas, não sendo possível retirar recursos de uma outra área para o benefício.
“Quando criamos o auxílio de R$ 600 houve a maior redução de miséria em 40 anos, mostrando que é possível eliminar as chagas da fome. Porque não fazer isso? O grande problema é a fonte, arrumar de onde vem o dinheiro”, disse o ministro.
Em 2020, o auxílio emergencial pagou cinco parcelas de R$ 600 e mais quatro de R$ 300 para pessoas consideradas como vulneráveis socioeconomicamente. Naquela época, houve uma aprovação para o governo gastar verbas de forma emergencial; fora do teto de gastos.
Agora, o Ministério da Economia trabalha com a possibilidade de modificar a tabela de Imposto de Renda para poder arrecadar mais dinheiro. Paulo Guedes considera a ideia como moderna e de acordo com o que é praticado em outros países ao redor do mundo.
Auxílio emergencial no Caixa Tem
Enquanto não há a volta do auxílio emergencial de R$ 600, é possível movimentar o dinheiro dos novos pagamentos, de forma simples e totalmente online, por meio do aplicativo Caixa Tem. A ferramenta está disponível para celulares Android ou com sistema operacional iOS.
Dentro do Caixa Tem é possível fazer pagamentos de contas, boletos, pagar o supermercado, utilizar cartão de débito virtual ou mesmo transferir o dinheiro para outra conta.
Guedes também quer ajudar empresas
Ao mesmo tempo em que afirma se preocupar com as pessoas mais pobres, Guedes disse que também não tirou os olhos do comércio, considerado como “sequelado” devido à pandemia de COVID-19. No caso, há uma defesa de criação de um passaporte tributário para simplificar dívidas e tirar as empresas da lista de devedores.
“A grande empresa faz um refiz, a pequena precisa de um perdão na dívida. Precisamos dar uma ajuda de 80% dessas dívidas”, comentou também durante a audiência no Senado.
Não foram dados mais detalhes sobre como funcionaria a ajuda do governo aos pequenos comerciantes e aos donos de empresas com dívidas. Por enquanto, a volta do auxílio emergencial de R$ 600 e o socorro ao comércio ainda estão um pouco distantes da realidade.